O RUÍDO NA ESCOLA

Na determinação experimental do possível ruído da escola utilizou-se um sonómetro e um cronómetro. As determinações foram executadas durante o segundo  período. No início do terceiro período determinou-se algumas medições no recreio da escola depois de ter sido introduzida a instalação sonora.
Escolheu-se um intervalo de tempo de observação igual a 10 min e procedeu-se a contagens de 5 s em 5 s.



1- RUÍDO NOS LIMITES DA ESCOLA
A legislação especifica que as medições do ruído exterior são feitas dentro das fronteiras das propriedades, com a preocupação de colocar o sonómetro longe das barreiras, com condições de humidade secas e colocadas a 1,2m a 1,5m do solo. Assim, escolheram-se dois locais de medição: um junto ao barco da nossa escola, para determinar o ruído proveniente da  R. Oliva Teles e R. do Corvo e outro próximo da autoestrada, junto ao campo de jogos.

                       Ruído proveniente da rua principal da escola em tempo de aulas

Ruído proveniente da autoestrada


CONCLUSÃO
A escola fica inserida numa zona sensível e não deve ficar exposta a um ruído exterior superior a 65dB, segundo o artigo 11º do RGR.
Dos valores médios de todas as medições efetuadas, conclui-se que não estão de acordo com o estipulado pela legislação.
A escola tem árvores que a rodeiam em grande parte do seu perímetro e são uma excelente barreira anti ruído. 
Assim, deveriam ser plantadas mais árvores de forma a diminuir o ruído existente uma vez que ele é inevitável.


2-RUÍDO NOS CORREDORES DAS SALAS DE AULAS.




CONCLUSÃO
Segundo a OMS há dificuldade na comunicação verbal a partir dos 40dB e torna-se muito difícil a partir dos 65dB. A partir deste valor há diminuição do poder de concentração que prejudica a produtividade e o trabalho inteletual.
Os valores aconselhados para o estudo e a concentração numa sala de aula estipulam-se entre 35dB e 45dB e os valores médios encontrados são muito superiores. Estes valores indiciam ruído/indisciplina nas diversas salas de aula, correspondendo a um ambiente pouco propício à aprendizagem com boa produtividade.

3- RUÍDO DE VÁRIOS LOCAIS 








CONCLUSÕES
  • A biblioteca é o local menos ruidoso. Contudo, o valor médio igual a 61,9dB é superior ao limite de 35dB recomendado para a leitura e a concentração, segundo a OMS.
  • Todos os outros locais têm valores superiores a 70dB. Assim, a comunidade educativa fica sujeita a um stresse degenerativo, além de abalar a saúde mental, segundo a OMS.
  • Com exceção da biblioteca, todos os locais apresentam valores superiores a 75dB. Segundo a OMS, a partir deste valor começa a haver perda de audição a longo prazo. Pode surgir um dos primeiros sintomas de perda de audição: o zumbido nos ouvidos.
  • O ruído existente nos pavilhões durante os intervalos, é o maior valor. Os alunos frequentemente saem aos gritos, sendo este comportamento revelador do grau de inquietude ou nervosismo  interior dos alunos ou mesmo libertação de stresse.
  • O ginásio com uma intensidade média igual a 78dB, deveria situar-se entre 40dB a 55dB recomendados.
  • A cantina, o bar e o ginásio, deveriam ser revestidos de materiais absorvedores do som.
O nível de ruído máximo exterior de uma escola previsto na legislação vigente é  de 55dB/65dB. Nem na biblioteca se verificam estes valores e o ruído existente é lesivo quer para a saúde quer para a aprendizagem.


A primeira ação para alterar estes valores, começa na consciencialização da comunidade educativa para o problema dos malefícios do ruído sobre o organismo humano e a adoção individual de comportamentos menos ruidosos. Começa numa atitude cívica e de respeito pelos demais.